A vida anoitece...
Oh, Senhor dos Destinos,
dizei-me (se tal honra mereço, hei de ouvir-Te): Quando nossos sonhos fenecem, Senhor, não é certo crer que chegado ao fim nossa vida anoitece? Quando qual dura lança a vida fere docemente, devo eu, pobre ser agora padecente, sorrir do meu triste fim? Que faço agora quando não ouço Tuas respostas? Devo rogar Teu perdão Divino pela pretensão tamanha de falar-Te, Senhor? Esta vida lança forte.... dor contundente... e meus sonhos, Senhor, meus sonhos fenecem! E agora, Senhor, rogo a Ti, que aos loucos ouves atentamente, rogo Teu perdão e espero por ele a cada segundo,,,, Espero a morte de braços abertos... de braços abertos, Senhor! De braços abertos, Te pergunto novamente: Chegado ao fim nossa vida anoitece? E a felicidade, Senhor? Não é o que nos reserva o Destino? Ou será isso que agora tenho? Tenho uma dor profunda, olhos secos como no deserto e minha vida está deserta como tudo — que ridículo — como tudo, que tenho! Desculpe-me.... perdoe-me, Te imploro, a esta poetisa que ousou escrever estes versos! Sei que Tu ouvistes... ouves aos loucos atentamente! Rogo Teu perdão, Senhor! Espero a morte de braços abertos... e olhando o céu eu Te digo: neste segundo, minha vida, anoitece! MÁRCIO (Espírito). "A vida anoitece..." Psicografado por Valeska Caffarena
Valeska Caffarena
Enviado por Valeska Caffarena em 13/05/2024
Alterado em 21/05/2024 |