"De rua"
Pobres rostos inocentes,
ceifaram suas almas ainda pequenos. Pobres rostos sem ter graça. Seus semblantes não são serenos, seus desejos não são ouvidos. Nascem hoje, morrem amanhã! E a sociedade hipócrita diz que não sabe ou pior, nem diz. Pobres inocentes... se vendem, se drogam, mendigam nas praças... E quem se importa? Já não são crianças. E a sociedade os diz "de rua". As mesmas frases já ditas, as mesmas promessas de sempre... e a sociedade finge estar preocupada e tem sempre uma frase feita. Pobres rostos inocentes já perderam a inocência... Olhos perdidos, corpos esguios, bocas sedentas, estômagos vazios... overdose... não têm direitos... Não são crianças e, nem ao menos sabem, que são gente!
Valeska Caffarena
Enviado por Valeska Caffarena em 20/05/2024
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