Pergunta pelas estrelas!
Ao longe ouço um barulho...
é mais uma folha que cai e logo me vem à mente a lembrança daquela flor. Uma flor que eu vi se abrir... O vento a bagunçar o cabelo... o céu azul... a noite era um elo... um elo entre eu e um poema! O poema, que a caneta não hesitou em escrever. O vento trazia uma canção. Aquela estrela brilhava... mas me faltava uma coisa: faltava ouvir Tua voz, a voz do Pai, que eu preciso conhecer! A flor se fecha em respeito ao sentimento. E fica o poeta sem ter sobre o que escrever pensando na noite fria e nos sentimentos ruins... sentindo no peito mais cruel dor do que a da morte! —Pergunta pelas estrelas! Onde estão as estrelas? Onde está a beleza da vida, Senhor? Naquela flor que nascia? A noite acaba de chegar.... e mais uma vez a flor se abre... mais uma vez... o poeta chora e agradece ao poema ter-lhe devolvido a vida!
Valeska Caffarena
Enviado por Valeska Caffarena em 24/05/2024
Alterado em 24/05/2024 |