Poços gigantes
Meus olhos são poços gigantes
de tudo que vi, que vivi, que busquei. Um poema começo agora com um pedaço de nada e nada mais no coração. Não falam as flores comigo mais... Não vejo mais ninguém. A água do mar é tão doce, me veio o vento qual um açoite, me lembrar que você se foi... Um bocado de ilusões fugiram e ganhei um punhado de amargura... Bateu as portas, virou as costas, foi embora... Na boca, o amargo do fel, o gosto de sangue e o ódio nos olhos... Foi um adeus... Um adeus de quem nunca existiu!
Valeska Caffarena
Enviado por Valeska Caffarena em 08/06/2024
Alterado em 14/06/2024 |